quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

São tantas coisas

Já sentiu  seu pensamento triste, a testa franzida, uma angustia que mantém o coração apertado e o estômago embrulhado?
Já sentiu seu pensamento leve, os lábios sorrindo sozinhos, uma borboleta batendo as asas entre o seu coração e o seu estômago?
Sim, eu sei que sim!
São tantas coisas, situações e pessoas que provocam os mais diversos tipos de sentimento em nós, e o bom de conhecer esses sentimentos é que podemos concluir que lamentávelmente um deles logo se vai... passa rápido, e o outro quando chega custa a passar, nos dá a impressão que carregaremos ele para o resto da vida.
São tantas coisas que tiram os nossos pés do chão, que nos levam as nuvens, que nos deixam ansiosos. Acredito que com o tempo, valorizamos cada sensação dessa. Vivemos cada momento como se fosse único, e incorporamos a frase do poeta, “Que seja infinito em quanto dure”.
São tantas coisas que nos ensinam a dádiva da reforma intima, o crescimento interior.
São tantas coisas que nos dão a oportunidade de melhora;
São tantas coisas que nos ensinam a olhar o próximo como o nosso irmão, nos dando a oportunidade de partilhar e engrandecer o nosso coração;
São tantas coisas que nos mostram os caminhos que devemos percorrer, por mais difícil e cansativo que possa parecer;
São tantas coisas que nos provam que existe algo superior a nós, algo que nos convida a sermos melhores;
São tantas coisas...
Como acredito que tudo na vida tem um ciclo, começo – meio – fim, constantemente viveremos essas sensações, esses sentimentos, e constantemente temos a oportunidade de aprender com eles. Tenho a crença que com o amadurecimento os sentimentos negativos perdem peso, valorizamos o aprendizado e saimos da posição de vitimas. Interiorizamos os acontecimentos e deixamos de entregar os pontos e passamos apenas passamos a aceitar os fatos. Os sentimentos positivos são engradecidos e temos a oportunidade de olhar a vida com outros olhos, com olhos cheios de amor e esperança... 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Não há nada que esteja ruim... que não possa ficar melhor!


No último almoço de domingo, sentada a mesa com a minha família, fiz um comentário sobre uma insatisfação pessoal e ouvi a célebre frase... “não há nada que esteja ruim que não possa ficar pior”, na hora fiquei chateada com isso, mesmo porque foram gerados comentários desnecessários que acabaram me magoando. Mesmo assim aproveitei os comentários e parei para pensar, será que eu deveria me conformar com a situação... ou não?

E me indagando sobre isso, lembrei da máxima... “copo meio cheio ou copo meio vazio”?

Engraçado como ser positivo nos faz levar uma vida mais saudável, em todos os sentidos... Não preciso me conformar com as situações que posso mudar, porque "não há nada que esteja ruim que não possa ficar melhor".

Porque é mais fácil reclamar da vida ao invés de lutar para que ela seja melhor?

Porque é mais fácil sentar e ficar esperando que os problemas se resolvam ao invés de arregaçar as mangas e solucioná-los?

Porque é mais acreditar que Deus não quis assim, ao invés de aproveitar a oportunidade do aprendizado?

Porque é mais fácil invejar a grama mais verde do vizinho, ao invés de cultivar o próprio jardim?

É tão mais fácil complicar e reclamar, culpar os outros, a Deus e a má sorte pelas nossas acomodações... é muito difícil buscar a paz interior quando não lutamos para que ela exista.

É tão mais fácil viver estagnado... é muito difícil lutar pelos ideais quando acreditamos que não podemos alcançá-los.

É tão mais fácil apontar as imperfeições, os erros e enganos dos outros... é muito difícil admitirmos que nos enganamos, erramos e somos tão imperfeitos quanto os outros.

Eu espero no próximo ano, conseguir manter o meu copo meio cheio, minha grama mais verde, meu coração mais aberto para entender o que não posso mudar e minhas mangas arregaçadas para mudar para melhor tudo o que eu puder.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Só por hoje...


Só por hoje quero sentir a alegria de uma criança e não os problemas de um adulto
Só por hoje quero sentir a saudade de alguém que partiu e não a ausência de alguém que ficou
Só por hoje quero dançar como se fosse a última música e não me sentar e ver a banda passar
Só por hoje quero ser admirada pelas pessoas e não criticada por elas
Só por hoje quero verdades nos olhos e não verdades para me agradar
Só por hoje quero amigos sinceros e não aqueles que me queimam na fogueira da maldade
Só por hoje quero sentir a agônia de um encontro e não a angústia da espera
Só por hoje quero sorrir com o coração e não por conveniência
Só por hoje quero um abraço cheio de amor e não um tapa nas costas de consolo
Só por hoje quero mais carinho e menos agressão
Só por hoje quero mais paciência e menos discussão
Só por hoje quero ver os meus amigos unidos por um ideal e não separados por ele
Só por hoje quero a paz mundial e não a tristeza que assola a humanidade
Só por hoje quero viver a esperança de que amanhã seja só por hoje também

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Nunca é tarde

Nunca é tarde para fazer um elogio, uma surpresa, um carinho
Nunca é tarde para dizer o que não foi dito e relembrar o que ficou esquecido
Nunca é tarde para pedir desculpas e muito menos para aceita-las
Nunca é tarde para olhar nos olhos e falar com o coração
Nunca é tarde para calar e ouvir a voz interior
Nunca é tarde para o abraço, para o afago e para o olho no olho
Nunca é tarde para dizer que ama, e expor os sentimentos
Nunca é tarde para ouvir com o coração e responder com o sorriso
Nunca é tarde para voltar atrás
Nunca é tarde estender a mão e menos ainda aceitar a mão estendida
Nunca é tarde para falar com o coração, abrir os braços e ser feliz
Nunca, nunca é tarde! 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Palavra da semana - RENOVAÇÃO!

"Eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim... Cartas e fotografias gente que foi embora, a casa fica bem melhor assim!"


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou…

Domingo, jantando com um amigo e trocando idéias sobre as guerras que travamos dentro de nós através de nossos pensamentos, cheguei a uma conclusão.
O ontem já passou, e o que não aconteceu já ficou pra tras. Pra que travar guerras internas, dialogos incansáveis entre nós mesmos? Isso só desperdiça a nossa energia.
Em paz, resolvi limpar e me desfazer de todas as coisas que me empatam fisíca e mentalmente, fiz uma faxina geral, na minha mente e no meu coração.
Sabe aquela vez por ano, em que abrimos todas as gavetas e tiramos as roupas que não nos servem mais, aquelas que já estão velhas ou que simplesmente não combinam mais com a gente... foi o que fiz! Tirei dos meus pensamentos e do meu coração todas as coisas que realmente não servem mais, coisas que ocupam espaço e que não tem mais valor, me permiti abrir espaço para tudo o que realmente  importa.
Isso me fez tão bem, que consegui enxergar tudo o que eu quero de verdade, tudo aquilo que eu não conseguia ver, porque não conseguia organizar e sincronizar as coisas entre a minha mente e meu coração.
E sempre, depois que organizamos as nossas as nossas gavetas, sentimos aquela paz, e é exatamente assim que estou me sentindo agora.... Hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ah, a Ansiedade

Ansiedade, sentimento que faz querer
Querer  logo o que tem que acontecer
Querer que o tempo passe rápido para chegar
Querer que o tempo pare para aproveitar
Ah, a ansiedade
Te engana com uma falsa verdade
Te descontrola com propriedade
Acaba com sua passividade
Mude o seu pensamento
Escolha outros momentos
Comece seu livro a escrever
Não deixe a sua ansiedade querer
Querer antecipar o que tem que acontecer

Comercial Canon Casamento - Filme "Igrejas"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um passado em presente para se rimar

Será que o portão se levantou?
Resgatou o que o tempo levou?
E aquele que um dia amou?
Voltou a amar?
Não sei o que pensar
Só sei dizer o que dentro de mim há
Muito eu posso doar
E fazer o passado, presente se tornar
Lembranças as saudades podem tornar
Um novo começo recomeçar
Basta a minha mão segurar
Os meus lábios beijar
E os meus olhos encarar
Basta pedir para eu aceitar

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E o vulcão entra em erupção

E quando é tarde demais e o vulcão entra em erupção?

Lembrando o meu texto anterior, e analisando meus últimos quatro dias, descubro que aquilo que eu previa aconteceu, eu entrei em erupção.

Acumulei dentro de mim tantas dúvidas, tantos medos e tantas vontades que venho reprimindo, que explodi.
Quando machuquei com palavras uma amiga que gosto muito, me dei conta que eu poderia devastar como lavas de um vulcão todos que estivessem por perto.

Primeiro passo, me isolar. Sempre fui assim... Diante de dilemas que me assustam, me deixam constrangida ou pensativa eu me afasto. Foi isso que fiz. Tentei ouvir meu coração, resolver todas as questões que estavam me perturbando... Há muito tempo venho pensando no que realmente quero fazer, me sinto confusa, queria muito ser mãe e hoje nem sei se é isso que quero, pensei em botar a mochila nas costas e ir embora de novo, e me senti covarde por não conseguir largar tudo que estou construindo para fazer isso.

Segundo passo, me permitir. Chorei, fiz compras, fiquei de cara amarrada, deitada horas na cama pensando nisso... Só por dois dias... Isso mesmo. Me permiti sofrer e ser a vitima da vez por 48 horas, depois já seria drama, passei da fase de dramática.

Terceiro passo, me reerguer. Levantei a cabeça, e mesmo não tendo decidido nada eu me recompus. Ajeitei em meu coração algumas questões com pessoas que não foram legais comigo, tentei exercitar o perdão e os meus entendimentos sobre o que busco. Lembrei de quem eu sou e o que busco. Busco a Paz.

Mãos a obra! Ainda estou remexendo os sentimentos dentro de mim e esperando para ver o que faço, o que decido, me questionando se realmente devo largar tudo e ir atrás desse sonho, ou se devo terminar de construir o que comecei e arquitetar outros sonhos.

Isso cabe só a mim, eu sei que qualquer opinião externa pode me confundir ainda mais, por isso estou de férias de mim mesma, de férias das opiniões alheias e o meu único refugio é aqui.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O vulcão que existe dentro de nós


Existem momentos em que é preciso exteriorizar tudo aquilo que esta acumulado dentro de nós.
Às vezes nós permitimos que certos sentimentos fiquem digladiando dentro de nós como placas tectônicas prestes a causar uma erupção.
Essa luta de sentimentos nos consome e nos machuca. Passamos a dialogar conosco mesmo e nos enchemos de porquês e de justificativas que não respondem aos nossos verdadeiros questionamentos, apenas aumentam a nossa ansiedade e torturam o nosso coração.
Às vezes esses sentimentos se chocam com tanta força que causam dores físicas.
Até que ponto devemos manter o vulcão que existe dentro de nós calado?
Quando devemos deixar esses sentimentos entrarem em erupção sem que seja cometido qualquer tipo de estrago? Difícil. Toda ação tem uma reação.
Mas o que fazer quando todos esses sentimentos sufocam e é preciso exteriorizá-los antes que eles explodam com muito mais intensidade e machuquem aqueles que são inocentes?
 Ah, nem sempre conseguimos controlar o vulcão que existe dentro de nós, e quanto mais tentamos controlá-lo, mais alimentamos a sua fúria e pior é a hora de sua explosão, com mais intensidade devastamos todos aqueles que nos cercam, machucando cada um que nos estende a mão em socorro.
 Esse vulcão é o resultado do que cultivamos dentro de nós a cada dia. Se exteriorizarmos a cada dia todos os nossos sentimentos, evitaremos alimentar o nosso vulcão.
 Por isso, diga o que te chateia a quem te chateou, diga a quem você gosta o quanto essa pessoa é importante pra você. Coloque os pontos e vírgulas nos devidos lugares, organizando todos os sentimentos para que você viva em paz. Não alimente o seu vulcão com sentimentos, incertezas e duvidas, não deixe que a erupção machuque a todos que te cercam.
Viva em paz!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Prazo de Validade

Tudo na vida tem prazo de validade

O bebê na barriga da mãe antes de nascer
Uma longa vida até se morrer
A escola, a infância, o crescer
Uma viagem perfeita, a moda, uma musica, objetivos a ter
A novidade, uma doença, um choro, uma gargalhada, uma angustia
Um pesadelo, um sonho, uma paixão, um ódio
Uma história, um conto, um encontro e um desencontro
A vida precisa ser vivida ao máximo, porque mesmo se você recomeçar
Em um determinado prazo ela vai acabar
A minha dica é aproveitar, viver tudo o que há
Foi o que fiz por aqui, muitas coisas vivi
Conheci pessoas que conseguiram entrar , num lugar muito forte para estar
E no meu coração carregarei, para o resto da vida os levarei
As meninas e os meninos que amei e o sorriso pelo qual me apaixonei

Pequena porém Notável: Choque de realidade

Pequena porém Notável: Choque de realidade: "Sai dessa posição de menina mimada e se transforma em mulher... assume dentro de vc o q vc quer ser, não fica esperando ninguém vir e te faz..."

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ferino, Mas Doce!!!: A identificação do ego com o sofrimento

Ferino, Mas Doce!!!: A identificação do ego com o sofrimento: "“Só você pode fazer isso. Ninguém pode fazer por você. Mas, caso tenha bastante sorte para encontrar alguém intensamente consciente, se pude..."

domingo, 17 de outubro de 2010

Ele não está tão a fim de você - Trailer


Pois é, as vezes teimamos em não acreditar que o cara simplesmente não esta afim... uma comédia muito boa, para aquelas (assim como eu) que teimam em justificar o "sumiço" do cara, rs

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Seguindo o exemplo dos mineiros Chilenos

Quantas vezes nos perdemos no buraco em que nós mesmos criamos? Nos afundamos e esperamos que alguém venha nos socorrer, alguém que venha e resolva todos os nossos problemas, nos guie, nos mostre o caminho.

Assistindo comovida ao resgate dos mineiros chilenos, percebo o exemplo de perseverança e de fé dado por eles. A cena mais emocionante aconteceu quando eles saíram arrumadinhos e de barbas feitas. Enquanto alguns sentiam pena ao assistir, outros – como eu – aplaudiam a saída do primeiro mineiro, o chamando de herói! Herói sim, pois aguentar 69 dias, a 700 metros da superfície, em um espaço de 50m2, com mais 32 pessoas, com comida e água racionada, ar escasso, sem ver o sol, na escuridão... Mas eles perseveraram, não se deixaram abater, já que a fé e a esperança estiveram lá presentes o tempo todo. Sabemos que o medo existiu, da mesma forma que sabemos que a Fé prevaleceu!
            E nós? Às vezes nos soterramos em angústias e medos, nos perdemos no nosso vazio, nos sentimos só e nos deixamos abater. Mesmo alimentados e livres, sentimos fome... fome de respostas e de soluções. Nos sentimos presos... presos dentro das nossas próprias ditaduras e moralidades. E, infelizmente, ninguém pode nos socorrer, ninguém pode nos salvar... apenas nós mesmos.
            E vamos afundando, culpando os outros pelos nossos problemas mal resolvidos, depositando nos outros as culpas que criamos dentro de nós mesmos, afinal, alguém sempre é culpado pelas nossas angústias e problemas. Nós somos as vítimas, apenas isso, vitimas... pobres coitados que sofrem porque o outro não nos valoriza, porque o outro não nos olha, porque não temos tudo o que queremos, porque Deus foi injusto, porque a grama do vizinho é mais verde, porque com a gente é sempre mais difícil, e assim vai...
            Aí, Deus, nos olha, sorri e responde... você tem tudo o que merece, a plantação é livre, mas a colheita é obrigatória! Justo, não?
            Mas no nosso papel de vítimas, como podemos escutar Deus? Estamos acima de tudo, afinal os nossos problemas são grandes demais para que possamos sentir Deus no nosso coração.
            Ah, por favor, vamos sair dessa posição e assumir os nossos atos, passar por cima dos nossos preconceitos e abrir nosso coração para ouvir a voz que nunca se cansa de nos falar. Vamos acreditar, ter fé, arriscar! Confiemos e busquemos a Fé e a perseverança para sair deste buraco. E, quando sairmos, levantemos a cabeça e nos mostremos aprendizes ao invés de derrotados.
Viva os mineiros heróis! Que não perderam a Fé e literalmente enxergaram a luz no fim do túnel!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Era uma vez o amor... daí eu matei ele!

Escrevi o texto abaixo em 05.11.2009, ainda morava na Austrália e estava na minha melhor fase lá. 
Este texto não é endereçado a ninguém, foi feito durante um dialogo entre a mente e o coração, sabe quando mandamos uma ordem para o cérebro mas ele insiste em não passar para o coração? Este texto é assim, eu tentando usar a razão para calar a emoção.

Talvez em meu coração não haja mais espaço para o amor
Aquele sentimento capaz de te controlar e cegar
Muitas coisas mudaram e agora optei ser assim
Não acredito no amor e ele não acredita em mim
Não vou deixar aquele sentimento que te domina me dominar
Não vou ser tola novamente e me entregar
Vou viver sem pensar que preciso de amor para amar
Quando os meus pensamentos implorarem por você eu vou mudar
Mudar a direção, meu caminho e o meu pensar
Não vou mais admitir o sentimento que te comanda me comandar
Vou te mostrar qual é o meu jeito de amar
Não vou te procurar, Não vou te ligar
Vou deixar o destino te mostrar
Que o seu caminho é me amar

By Kaka
05.11.2009

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Silêncio da minha Alma

Apesar de passar mais tempo rindo, sendo bem humorada e fazendo piada de tudo, acabo tentando esconder ou esquecer meus problemas, meus "grilos" e  medos, mas tem horas que transbordo e exteriorizo tudo isso. Fica aqui meu agradecimento a uma amiga (Filó, amo vc) que me acompanhou por telefone na noite de ontem durante uma crise de choro, e me lembrou que sou humana, e que sou importante com todas as minhas imperfeições.

Ai, vasculhando os meus textos, encontrei esse que escrevi em 04/01/2010, que cabe bem com o meu momento. 

Silêncio da minha Alma
Minha alma chora em desespero aos acontecimentos
O peito se angustia e dentro de mim grito.
Grito por socorro, por medo, por desabafo
Busco a felicidade, mas me deixo deparar pelo pequeno, pelo infeliz, pelos meus medos
Silencio para me escutar e só consigo ouvir meus gritos
Sufoco-me, flagelo-me, torturo-me
Tento caminhar sobre as nuvens de meu pensamento
Tento acalmar meu coração
Não agüento e o lobo que alimento não é bom
Ele vence, ele domina, ele comanda
Minha voz se cala, e mesmo sabendo-me culpada não paro, não controlo
Sinto que imploro e cada hora quero mais
Conhecimento não basta, é preciso domínio, é preciso fé

by Kaka 
04/01/10

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Em qual preteleira você quer ficar?

Balizando as últimas três noites (de baladas)  da minha vida, cheguei a muitas conclusões. Uma delas, você coloca as pessoas em prateleiras!

5ª Feira - noite (30.09.10), festa de um Grande novo Amigo de Infância
Aniversário de pessoa que eu sabia que existia, mas de alguns meses pra cá tornou-se realmente um amigo de infância, pessoa que posso contar a qualquer momento, e ele idem. Lá também estavam pessoas que estão na prateleira número 1, aquelas que estão no dia a dia comigo... e que posso contar sempre!
Aproveitando a festa encontrei uma pessoa que foi muito importante em minha vida, engraçado que essa pessoa não foi colocada na prateleira das pessoas "desimportantes" por fazer parte do passado, mas na prateleira das pessoas que "passaram e deixaram a sua marca", hoje essa marca em meu peito é de uma pessoa que admiro e quero que fique bem e feliz, onde quer que esteja. Engraçado como os sentimentos se transformam...
Também encontrei uma pessoa que estava na prateleira do "Hoje" que eu quero muito trocar de prateleira (inclusive em nome do amor próprio)  mas não sei o que acontece...

6º Feira - noite (01.10.10), Encontro com amigos da Australia
Encontrei as pessoas que foram a minha família durante o meu tempo lá, gente que eu pude cuidar e que cuidou de mim. Essas pessoas estão sem dúvida nenhuma na prateleira das pessoas que "passaram e deixaram a sua marca", que marca linda, deixaram a marca do "amor ao próximo" aquela que você faz para quem você mal conhece, apenas pq a pessoa precisa... que delicia foi ver essas pessoas, que dividiram mais do que a época do meu despertar, do meu auto-conhceimento...

Sábado - noite (02/10/10), 23 anos de amizade, em que prateleira coloco?
Durante 13 anos da minha vida, era a pessoa que mais sabia de mim... pq depois nos afastamos? Não, não nos afastamos! Apenas seguimos nossas vidas, fazendo o que de mais bonito podia acontecer... seguimos "sabendo um do outro" passamos tempos sem nos ver, mas nos sabemos, nos falamos... nos interessamos um pelo outro. 10 anos vivendo assim e sabemos exatamente como o outro esta. Ele, sem duvida nenhuma esta na prateleira do "Aqui ninguém mexe!" a prateleira onde coloco as pessoas raras em minha vida.
Antes de chegar na festa, tive um "acidente", e pensei comigo em que prateleira deixar esse "acidente". Sem dúvida nenhuma, coloquei na prateleira do "Acontece", sem culpa, talvez angustiada, mas sabendo que as coisas e pessoas as vezes, acontecem.

Você sabe em que prateleira esta na minha vida?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vendo tudo!

Vendo os meus sentimentos
Vendo amor e vendo ódio
Vendo angustia e vendo felicidade
Vendo as lembranças de alegria
Vendo todas as tristes memórias
Vendo compaixão e vendo desprezo
Vendo tudo o que me sufoca e muito do que me alivia
Vendo saudade e vendo repulsão
Vendo verdade e muitas mentiras
Vendo gemidos de dor e gargalhadas de prazer
Vendo inocência e maldade
Vendo timidez e ousadia
Vendo tudo que há dentro de mim 

Livro a minha alma de tudo e recomeço com o novo, voltando e voltando e voltando, nascendo de novo... 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Para inaugurar meu blog: “Quem fui eu?!”

Durante 26 anos busquei ser aceita. Sempre precisei da aprovação de todos para tudo. Os psicólogos dizem que é pelo sentimento de abandono paterno, mas, ao longo dos anos, conheci pessoas com famílias completas que tinham o mesmo sentimento.
Vivi um grande amor, o tal do primeiro amor, que nos faz acreditar que não existe vida estando sozinho, que você precisa do outro para alcançar tal felicidade. Você se priva, você vive o outro e o outro vive você. Descobri que estava enganada depois que um relacionamento de amor (que eu acreditava ser de amor) terminou em uma possível traição e me rendeu, pouco depois, insegurança e depressão.
Entretanto, descobrimos que podemos amar de novo. E quando não aprendemos pelo amor, passamos a aprender pela dor. Mais uma vez fui jogar a responsabilidade da minha vida nas mãos de outra pessoa.
Tudo ia muito bem, mas um dia me deparei com o meu maior medo: a possíbilidade de não me tornar mãe. Quando o meu sonho foi ameaçado, tudo o que eu buscava era que aquele ser que eu depositara a minha felicidade estivesse lá para resolver os meus problemas, mas esse problema era só meu.
Então, subitamente, tudo o que eu acreditava era que eu não valia nada. Onde estavam todas as mãos que me socorriam?  Todas aquelas mãos onde eu havia depositado a minha felicidade?
Então eu entreguei a minha angustia, depositei as minhas dores e medos nas únicas mãos que realmente estão (o tempo todo estão) estendidas para todos nós, aquelas mãos que não nos cobram fidelidade e nem compromisso... As mãos que entendem o quão imperfeitos somos. Entreguei nas mãos de Deus.
Como louca para uns, e corajosa para mim, larguei tudo e fui me conhecer.  Sozinha, fui para o lugar mais longe do mapa (onde tivesse sol). Fui para a terra dos cangurus!
Nove meses, o tempo de uma gestação, o tempo de despertar uma vida, foi o meu tempo lá... E eu renasci.
Diante dos desafios de uma língua que não era a minha, em um lugar que eu não conhecia e morando com estranhos eu me superei, e descobri ali que a minha vida, minha felicidade, e nada mais que seja meu podia ser entregue para outro cuidar. A responsabilidade era, e continua sendo, só minha.
O que eu sou hoje???  Siga-me e descubra-me!