segunda-feira, 30 de maio de 2011

Aqueça-me

O sol batendo no meu rosto, e esse calor não me aquecia
O meu corpo imerso nas cobertas, e esse calor não me aquecia
Sentada diante da lareira que ardia em brasa, e esse calor não me aquecia
O banho quente que queimava meu corpo, mas esse calor não me aquecia

Meu corpo sentia frio,
o frio da distância do seu corpo,
o frio da necessidade de tocá-lo.

Nada me aquece mais do que suas mãos em meus cabelos,
e a sua respiração ofegante no meu pescoço;
Nada me aquece mais do que as suas palavras murmuradas em meu ouvido,
e o seu beijo desesperado em meus lábios;
Nada me aquece mais do que as suas palavras de desejo,
e o seu olhar que me despe;

A sauna me fazia transpirar, e esse calor não me aquecia
O meu corpo imerso em uma banheira incandescente, e esse calor não me aquecia
Sentada diante da fogueira que estalava, e esse calor não me aquecia
Vestia um casaco de peles sobre o meu corpo, mas esse calor não me aquecia

Meu corpo sentia frio,
o frio da distância do seu corpo,
o frio da necessidade de tocá-lo.

Nada me aquece mais do que suas mãos em meus cabelos,
e a sua respiração ofegante no meu pescoço;
Nada me aquece mais do que as suas palavras murmuradas em meu ouvido,
e o seu beijo desesperado em meus lábios;
Nada me aquece mais do que as suas palavras de desejo,
e o seu olhar que me despe;

criado em 12/08/2009

terça-feira, 24 de maio de 2011

O meu maravilhoso mundo de Alice

Tenho uma professora no MBA, que durante as suas aulas repetia muito... “o mundo é mau”, e toda vez eu pensava “o mundo não é tão mau assim”, sempre pensava que as pessoas complicavam demais, e acho que eu tenho razão.

Até que nos últimos dias, uma pessoa me disse que eu vivia “num mundo de Alice“ (aquela do país das maravilhas), um mundo em que tudo era belo e possível para mim, onde os problemas eram simples de resolver, um mundo onde eu fazia tudo o que queria, sem pensar que poderia ser julgada e/ou condenada pelos meus atos, um mundo em que eu era feliz, um mundo só meu.

Então resolvi pagar para ver, saí do meu mundo para a realidade, assim que piso no mundo real, descubro que existe a falta de sinceridade e por conseqüência a decepção, me deparei com realidades que talvez eu não estivesse tão preparada para enfrentar, minha professora tinha razão, o mundo é mau!
Mas de certa forma a visita ao mundo real me ensinou alguma coisa, por um lado eu cresci.

Estou demorando um pouco mais do que de costume para passar pelos meus dias de sofrimento e lamurias. Confuso, não? No meu mundo de Alice eu me permito tempos assim, depois desse tempo eu me obrigo a esquecer o que me incomodou e volto a ser feliz, simples assim!
Acho importante que esse momento seja uma curta fase, aproveito para viver a situação do sofrimento, depois passo para a situação do entendimento, e depois deixo cair no esquecimento.

Agora, buscando acalmar a mente e o coração, os meus erros sendo refletidos, eu volto para o meu mundo de Alice, aqui posso viver tranqüila e feliz em cima do que julguei ser um problema. Posso voltar a sonhar acordada, ter a minha esperança renovada e o melhor de tudo sem sentimentos de mágoa.

O meu mundo é bom, estou feliz aqui... ao invés de me buscar para a realidade, por que não vem me visitar aqui, aqui no meu maravilhoso mundo de Alice 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Eu estive por ai...


Sentei-me em frente ao rio, naquele banco de madeira que eu sempre me sentava, cercada pelas arvores e teias de aranhas, ficava admirada com os desenhos das teias. Fiquei admirando por um longo tempo o reflexo do luar e das luzes da cidade nas águas escuras do rio. Fiquei ali por um longo tempo, eu gostava de ficar lá. Lembro de caminhar lentamente entre os jardins, as ladeiras, o suave barulho do vento na copa das árvores e senti saudades.

Depois de um tempo, senti o dia amanhecer e me vi caminhando entre o caminho florido onde gostava de almoçar, ouvindo o barulho da água corrente e os sons dos pássaros nativos. Senti-me leve, iluminada e feliz. Sei que fiquei ali por pouco tempo, mas o suficiente  para trazer as mais belas e felizes lembranças de uma época de paz e descobrimento.

Ao longo da minha caminhada, pude ouvir o som dos trens e mais uma lembrança me tocou o coração. A lembrança das pessoas que vem e vão, as chegadas e partidas e dos encontros e despedidas. Eu adoro trens.

Meu peito se apertou, senti aquele nó de angustia, o tempo correra demais na última noite, decidi naquele momento que tinha que ir e quando acordei decidi que tinha que voltar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Existem razões para acreditar


Existem razões para acreditar e nós somos a maioria. Chega de julgamentos sobre todos os atos incorretos no mundo. Chega de tristeza sendo profanada das nossas bocas e corações. Chega dessa energia pesada pairando sobre nós. Vamos viver o lado bom da vida. Vamos acreditar. E antes de julgarmos, vamos realmente tentar fazer um mundo melhor.

Bem vindos ao meu mundo!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Os melhores amigos do mundo

Sempre fui muito abençoada por ter amigos por perto. Gente que nunca deixa a minha peteca cair, gente que me olha e não se importa com o tamanho da sujeira que fiz, mas em como vamos limpa-la juntos;

Me lembro que quando eu estudava no jardim de infância eu tinha uma amiguinha que andava comigo para cima e para abaixo, a Luisa. Quando sai do Petit et Joli eu nunca mais vi a Luisa. Não me lembro do seu rosto, não me lembro da sua voz, só me lembro o quanto eu falava dela para mamãe.

Na educação fundamental, tive vários amigos na escola e muitos no prédio que eu morava, alguns que eu não vejo a muito tempo, mas  que estão latentes em meu coração. Durante muito tempo nos encontravamos sempre, barzinhos, cinema, shopping, pizza em casa... mas a vida vai nos arrastando por tantos caminhos que só nos damos conta depois que perdemos muitas coisas. Cresci com o Junior me defendendo das meninas que me provocavam. Com a Marta dividindo os segredos comigo.  E tantos outros com os quais eu brincava de pega-ladrão no condômino e que ia para as baladas na adolescência.

No colegial tudo já era diferente, eu não morava mais no condôminio, já trabalhava e estudava a noite. Junior e Marta ainda eram pessoas constantes na minha vida. Apareceu o Uiu, quietinho, no canto dele e nas conversas tão informais fomos compartilhando os nossos segredos. Também tinham os amigos do trabalho, um dia coloquei uma pessoa a frente de todas as outras, essa foi a primeira vez que eu senti a maldade do ser humano em relação a amizade. Essa foi a primeira vez que uma disputa me machucou. Eu superei.

Na fase adulta, novos amigos, o primeiro melhor amigo e tudo mais, o namorado, pena que pela imaturidade de ambos, virou pior inimigo. Muitas pessoas foram aparecendo. Junior, Marta e Uiu lá. Comecei a participar de um grupo de jovens onde fiz grandes amigos, amigos de passagens, aqueles que entram na nossa vida, passam uma fase e quando você percebe já se foram.
Uma Viagem. Australia. Talvez tenha sido a minha segunda maior decepção em relação a amizade, mas lá apareceram tantos outros amigos que compensaram tudo isso. Bia, minha irmã, como cuidavamos uma da outra. Me salvou de ir morar em um “Albergue” sem nem me conhecer. Ali eu vi como a amizade não dependia de tempo, e sim de respeito e afinidade.

Quando retornei ao Brasil, não consegui reencontrar alguns dos amigos que eu tinha. Mas não deixei de ama-los em momento nenhum. A vida nos separou por razões que desconhecemos, mas que mesmo assim nos aceitamos e nos amamos. Conheci na minha volta da Australia pessoas que fantásticas. “Reconheci” em especial alguém que veio a se tornar meu irmão. Alguém com quem eu posso dividir todas as minhas angustias, todos os meus lamentos e que nunca vai passar a mão na minha cabeça se eu estiver errada. Alguém que em muitos momentos nem percebeu, mas segurou a minha barra. Obrigada Sylvio. Junto com o Syl vieram pessoas fantásticas, pessoas que eu admiro e me orgulho muito, pessoas tão diferentes mas que completam perfeitamente o quebra-cabeça  da minha vida. Talvez nessa fase eu tenha tido a minha terceira grande decepção em relação a amizade. Mas essas diferente das outras eu já estava mais madura. Apesar da tristeza eu levantei a cabeça e tentei entender todos os motivos. Todas as coisas na vida nos ensinam alguma coisa, e me preparei para tirar a melhor lição do acontecimento.

Ontem sentada com três amigos super importantes na minha vida eu estava falando dos meus planos, e comentei de um super especial, um plano que martela a minha mente e meu coração, um plano que eu não tenho toda a pressa do mundo que aconteça, mas que eu quero que aconteça da forma mais bonita e especial. Feliz voltei pra casa. 
Tive uma triste surpresa em relação a este plano. Talvez eu sonhe demais. Horas para pegar no sono. Desculpas e dialogos comigo mesma. Uma angustia que eu não queria sentir. Eis que todos os dias temos a oportunidade de começar. Acordo com uma mensagem no meu celular, trecho de uma música. E mais uma vez um amigo, o Uiu, me salvou.

Dedico este texto aos grandes amigos da minha vida, os presentes e os não tão presentes, os que eu tive oportunidade de ensinar algo e aos que me ensinaram algo também. Marta, Junior, Bia, Sylvio e Uiu. Obrigada por tantos anos de  paciência. Obrigada por ter deixado eu fazer parte de suas vidas.